Thursday, September 22, 2005


Este post será um desabafo! Na verdade, mesmo contrariada escrevo sobre isso e, principalmente porque o motivo deste post estava me deixando hesitante até mesmo para continuar escrevendo neste blog. Quem me conhece sabe que, ainda que fazer barraco terminantemente não faça parte da minha natureza, sou obrigada a expor minhas idéias e sentimentos... de forma clara e serena. Eu sou assim mesmo. Detesto quem faz tipo e procuro ser direta, sincera e verdadeira... e às vezes peco por ter essa característica. Mas isto não vem ao caso agora.

Há tempos venho observando alguns profiles do orkut e isso despertou minha vontade de escrever algo a respeito, graças a algumas peculiaridades dos mesmos. Só que, infelizmente, outros motivos me levam a delinear algumas frases sobre o mesmo tema, porém sob um outro prisma. O fato é que nessas minhas "andanças orkutianas", tenho me deparado com personalidades diversas, algumas muito diferentes de mim, outras nem tanto, mas o que eu não esperava encontrar era a falta de personalidade. Isto porque, até mesmo quem não sabe ou não gosta de escrever coisas de sua autoria, pode apelar para letras de música, poemas e outros subterfúgios que exprimam ou que se aproximem da idéia que queiram transmitir. Agora, "chupar" o texto, as idéias de uma outra pessoa e tomá-las para si, como se fossem suas é, no mínimo, muito triste. Em tudo o que escrevo faço questão de informar o autor (caso não seja eu mesma) ou de informar que a idéia não é minha, embora eu não saiba de quem seja. Isso é o correto, o íntegro, o verdadeiro. Porque as palavras escritas de forma articulada, exprimindo uma idéia, convertem-se em uma OBRA de alguém e todo produto oriundo do trabalho de outro é dele e de mais ninguém. O autor é parte fundamental da obra, é insubstituível por um simples e óbvio motivo: sem ele, aquela idéia não existiria, ou não seria colocada daquela forma, ou ainda nem seria verbalizada... afinal, conseguir exprimir e expressar os sentimentos em palavras não é para todo mundo.

Acredito que cada um tem uma (ou mais) qualidade e que ela varia de pessoa para pessoa. Acho impossível que exista um ser que não possua talento algum. Entretanto, como eles são diferentes, não adianta tentar imitar de alguém uma qualidade que não possui. Simplesmente porque as máscaras caem e é impossível sustentar uma característica que não é sua. A linha entre o que é verdadeiramente inerente a sua pessoa e o que não o é, é muito tênue e pode ser facilmente rompida. Na minha humilde opinião, o que as pessoas devem sempre buscar é o aperfeiçoamento das próprias qualidades, potencializando-as para que possam ser percebidas por outros que tenham as mesmas afinidades ou que se interessem por coisas semelhantes. Aquela história de investir em si mesmo para adquirir qualidades que possam atrair os outros naturalmente.

O fato é que fui surpreendida por uma guria que simplesmente "chupou" o meu profile TODO, mudando apenas a ordem dos fatores e algumas palavras. Mas a essência está lá. E até o sotaque sulista (detalhe, a pessoa não nasceu e nunca residiu na região Sul do país) em algumas colocações... ou seriam "colações"? hehehe... Desculpem o trocadilho ;)

É claro que existem razões sentimentais intrínsecas a esta atitude, porque lamentavelmente algumas mulheres pautam sua vida apenas nos homens e em tudo que está a eles relacionados. Sei da importância dos homens e de tudo o que eles podem somar a vida do sexo feminino. Agora, reduzir a vida toda a uma outra pessoa (independente do sexo) eu considero muito pouco. Mas isso é assunto para um outro post.

Concordo com meu amigo Paulo quando diz que copiar, imitar, "colar" idéias e coisas escritas por outros, sem lhes dar o devido crédito, representa duas coisas: falta de personalidade e falta de talento. Uma pessoa que se presta a isso simplesmente não deve possuir talento algum. Apesar desta afirmação ser para mim uma verdade, pessoas que me são muito importantes tentam mostrar-me o outro lado, que também não deixa de estar correto. Entre elas está meu namorado. Para ele nesta atitude está enrustido um sentimento de admiração. Porque não se imita e nem se copia algo que não se admire. Ele também me diz, com conhecimento de causa, que esta pessoa não tem capacidade para escrever e até para pensar do mesmo modo que eu penso. Desta forma, para ela o fato de ler, de conseguir entender e ter vontade de colar idéias minhas em suas coisas, é uma forma de engrandecimento pessoal. Então, de certa forma eu a estaria ajudando.

Pessoalmente, analisar as coisas sob este prisma me deixa até lisonjeada. Na real não me importo que colem minhas palavras e frases, que copiem minhas idéias... pelo contrário, isso me deixa feliz porque de alguma forma consegui tocar alguém, alguém se identificou com o que sinto, penso e escrevo. E até porque a Iternet é um espaço público e tudo o que é aqui publicado está sujeito a esse tipo de coisa. Agora, por favor, coloquem a autoria, digam de onde tiraram essas idéias ou, pelo menos, digam que não sabem quem é o autor. Mas nunca, nunca tomem algo de outro como se fosse seu. Isso realmente demonstra um desvio imenso de caráter e a total falta de competência. Se eu estivesse nessa posição repensaria seriamente os meus valores e trataria de investir em mim, para produzir algo próprio que me faça digna e merecedora dos sinceros "louros" . Porque na boa, só quem produz algo bom pode experimentar o orgulho imensurável advindo do prazer de dizer que aquilo com certeza é seu. Em todas as áreas.

Esta fotinho foi tirada esses dias numa festa em que eu estava muito feliz e tem este intuito: agradecer, de coração, toda a admiração recebida. Embora o fato de não receber os devidos créditos me incomode, tenho que concordar com o Duda, afinal, ser admirada é sempre muito bom. :DDD

Beijocas para todo mundo... todo mundo mesmo ;***

Friday, September 09, 2005


Vamos, finalmente, ao segundo post desse blog...
Estive pensando em tantas coisas nesta semana, mas vou escrever sobre algo que me chamou a atenção. Não se esqueçam do que eu escrevi no post passado: que este bolg servirá para "descarregar" pensamentos, reflexões e teorias acerca de temas diversos... então hoje o tema é ralmente diverso e, para muitos, não fará sentido algum. Vamos lá.

Semana passada fui fazer a trilha da Costa da Lagoa da Conceição, que dura cerca de 1:30, aqui em Floripa. Quem conhece sabe o quanto todo o percurso é mágico e o quanto a natureza realmente abençoou esta Ilha. Quem não conhece, fica aqui a sugestão. No caminho deparamo-nos com várias pessoas, inclusive famílias. Fiquei "de cara" com a quantidade de crianças cansadas no meio do trajeto, rabugentas, choramingando, etc. Outras completamente descoordenadas, inclusive batendo o meu record neste quesito.

Um menino com cerca de uns 7 ou 8 anos, ou seja, bem na fase que deveria estar no auge da atividade e energia, um verdadeiro "espoleta", passou grande parte da trilha reclamando que estava cansado, na metade ele sentou, começou a chorar e fez toda a sua família parar (e provavelmente cancelar o passeio já que não os vi mais) por estar cansado. Uma guria de uns 10 ou 11 anos, com o corpo e saúde perfeitos, também estava reclamando e o pai resolveu lhe dar uma vara de bambu, para ela se apoiar durante a caminhada e não cansar tanto. Detalhe, a avó desta garotinha também fazia a trilha sem nenhuma espécie de auxílio, curtindo a natureza, com um sorriso lindo no rosto.

Estive pensando que esta deve ser a "geração computador". Nada contra os adventos da tecnologia, ao contrário, tanto profissionalmente, quanto pessoalmente elas me fazem um bem tremendo. O lance está em como tirar proveito da tecnologia e não a deixar "se aproveitar de você". A Internet nos permite inúmeras coisas, entre elas conhecer lugares, pessoas e culturas diversas, mas de que isso adianta se não conhecemos o próprio lugar em que vivemos? Se não conhecemos o cheiro da terra molhada, do ar no meio do mato, a sensação gostosa de pisar na areia ou na lama, o prazer oriundo de um mergulho no mar?

Foi muito triste ver tudo aquilo. Deu-me ainda mais saudades da minha infância nos anos 80, para muitos a última infância feliz. Naquele tempo brincávamos no pátio, corríamos soltos, nosso ídolos eram a Xuxa e seus similares, Trem da Alegria, Balão Mágico, Abelhudos. Não que fossem muito, digamos, "construtivos", mas pelo menos não queríamos imitar a Tiazinha, a Carla Perez, cantar os funks da vida com suas letras nada inocentes (nada contra o funk, mas para pessoas da nossa idade, né?). As meninas não queriam imitar as adolescentes. Não usavam salto (se as mães dessas pobres crianças soubessem o mal que fazem para a saúde das filhas presenteando-as com sapatos deste tipo e cada vez mais altos, certamente não o fariam) nem maquiagem (a não ser na brincadeira)... e ainda assim estavam lindas, femininas, como verdadeiras bonecas... sem ser adultas. Enfim, como crianças lindas e saudáveis. Sei que falei agora somente sobre meninas, é por conhecimento de causa, mas acredito que com os guris deva acontecer o mesmo... ou não?

Pois bem, o fato é que me bateu uma tristeza imensa ao ver aquelas crianças. Com certeza não quero isso para os meus filhos. Vou ensiná-los a aproveitar ao máximo todas as ferramentas criadas pelo homem para "melhorar" e facilitar a nossa vida. Mas, de coração, não quero que eles fiquem presos à elas. E isso dependerá também das outras crianças, porque o meio também influencia muito a personalidade. Portanto, quem ler isto aqui, por favor, reflita a respeito.

Ah, mas essa semana aconteceu uma coisa que me deixou muito feliz. Estava comprando uns livros na livraria Siciliano, do shopping, e uma menina bem pobre (vide as roupas que usava), entrou e perguntou ao vendedor se tinha que pagar para sentar nos almofadões da loja. Ele disse que não. Então ela foi até a porta e chamou os amigos. Nenhum quis acompanhá-la, queriam ir para a rua. Ela então foi até a lanchonete na frente, comprou um Baconzitos e voltou à livraria... pegou um livro infantil, sentou nos almofadões e ficou lá lendo e aproveitando as horas de maneira produtiva. Isso não é lindo? Ela poderia ter ido brincar na rua com todos os amigos, mas decidiu ler. Me apaixonei por ela. De certa forma isso ajudou a aquietar meus pensamentos e a ter fé nas gerações futuras... me ajudou a crer que "nem tudo está perdido"... hehehe

Mas tudo bem... na real tenho que me preocupar com isso só daqui uns sete anos quando, já bem posicionada profissionalmente, eu der início à minha prole (que deverá ser grande). Até lá fico aqui imaginado coisas... e teorizando a respeito de outras também . ;)

Nesta foto eu tinha uns 2 aninhos. Hedinha brincando ao ar livre com sua bola, num dos inúmeros acampamentos de trailler (depois motor-home) da minha vida... que infância boa! Como escreveu Casimiro de Abreu, em Meus Oito Anos: "Oh que saudades da aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais".

Beijocasss :***

Friday, September 02, 2005


Olá, meu nome é Heda Soares Wenzel, sou jornalista, nasci e moro em Florianópolis (SC) há, recém-completos, 23 anos. Comecei meu flog com esta foto e decidi fazer o mesmo neste blog.

Como o próprio título deste post denuncia, essa é a primeira vez que escrevo nesse bolg. Continuando com as obviedades, quero deixar claro que ele não se propõe a ser um diário. Definitivamente eu não levo jeito pra isso - vide fotolog (www.fotolog.net/heda) e um outro blog que fiz há uns anos atrás, que primava pelo diário e, portanto, nasceu fadado ao insucesso.

Este blog tem como intuito expressar alguns pensamentos, teorias e devaneios (de tema livre) que percorrem minha mente. É possível que não interesse a ninguém, mas o objetivo aqui é descarregar a minha alma... porque eu gosto muito de falar, escrever e opinar. Se estiver errada sobre algum aspecto ou ponto de vista, aviso logo que vou me redimir. Quem não concordar comigo e quiser me convencer do contrário, é bom apresentar-me argumentos convincentes. Quem não concordar e quiser apenas expressar sua opinião, sinta-se à vontade. A Internet é pública e eu gosto de saber o que as pessoas pensam... inclusive quando discordam de mim. Mas, me dêem o direito de publicar o que eu quero (portanto, comentários de nível e sem ofensas ou serão deletados, ok?) afinal, esse cyberespaço é meu. E quem quiser complementar algo, me apoiar ou simplesmente comentar coisas que nada têm a ver com o post... ficarei muito feliz. Portanto, 99% das manifestações serão bem-vindas!

Então, pensamentos e comentários despretensiosos estarão, a partir de hoje e sem compromisso com o calendário, sendo "despejados" nessa página. Beijocas para todos.